A primeira fotografia que o mundo conheceu foi tirada em 1826 na região da Borgonha, em França. Anos mais tarde, a nova tecnologia chegou à sociedade oitocentista portuguesa, que a abraçou com curiosidade e entusiasmo.
Uma das preferências da fotografia que mais impacto teria no final de século XIX e primeiras décadas do século XX foi o do registo e documentação de acontecimentos públicos e privados. As longas exposições, decorrentes de obturadores lentos, bem como de soluções químicas ainda igualmente lentas, impediram, durante as primeiras décadas da sua invenção, que a fotografia se ocupasse dos acontecimentos humanos que incluíam movimento, pode ler-se na página do Museu. Mas desde os anos 60, a fotografia de festividades públicas, acontecimentos sociais públicos e privados, celebrações e acontecimentos políticos é sistematicamente acompanhada por fotógrafos, amadores ou profissionais.
No século XIX, fotógrafos como Cunha Morais, Augusto Bobone, Carlos Relvas, João Camacho, Aurélio da Paz dos Reis, são alguns dos nomes que abordam situações tão diversas como uma tourada, uma caçada em África, a ida à praia, um passeio de D. Carlos e D. Amélia, um almoço de notáveis, os preparativos do casamento de D. Luís ou uma feira no Rossio.
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Foto: Emilio Biel, Ponte D. Luís. Tabuleiro central em construção, 1881-1886, Palácio Nacional
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